Resenha: Enquanto Bela Dormia - Elizabeth Blackwell

Enquanto Bela Dormia
Autor: Elizabeth Blackwell
Ano: 2016
Páginas: 368
Editora: Arqueiro
Sinopse: Nos salões de um castelo, uma confidente leal guardou por muitos anos os segredos de uma rainha linda e melancólica, uma princesa que só queria ser livre e uma mulher que sonhava com a coroa. Esta é sua história. Ambientada em meio ao luxo e às agruras de um reino medieval, esta releitura de A Bela Adormecida consegue ser fiel ao clássico ao mesmo tempo que constrói uma narrativa recheada de elementos contemporâneos. Nessa mescla, os dramas de seus personagens – um casal infértil, uma jovem que não aceita viver em uma redoma e uma família despedaçada pela inveja – tornam-se atemporais. Quando a rainha Lenore não consegue engravidar, recorre aos supostos poderes mágicos da tia do rei, Millicent. Com sua ajuda, nasce Rosa, uma menina linda e saudável. No entanto, a alegria logo dá lugar às sombras: o rei expulsa de suas terras a tia arrogante, que então jura se vingar. Seu ódio se torna a maldição que ameaça a vida de Rosa. Assim, a menina cresce presa entre os muros do castelo, cercada dos cuidados dos pais e de Flora, a tia bondosa e dedicada do rei que encarna a fada boa do conto original. Mas quando todas as tentativas de proteger Rosa falham, é Elise, a dama de companhia e confidente da princesa, sua única chance de se manter viva. E é pelos olhos dessa narradora improvável que conhecemos todos os personagens, nos surpreendemos com o destino de cada um e descobrimos que, quando se guia pelo amor – a magia mais poderosa do mundo –, qualquer pessoa é capaz de criar o próprio final feliz.



O que achei:

“Consola-me pensar que a história da Bela Adormecida continuará viva depois de todos nós, uma história de maldade derrotada e amor triunfal que ressoará por séculos. E é assim que deve ser. Porque a verdade não é nenhum conto de fadas.”

"A bela adormecida" é uma das minhas histórias favoritas da vida! Então quando eu soube que o lançamento "Enquanto Bela dormia" era uma releitura do conto, eu quase morri de ansiedade é praticamente obriguei a minha amiga "Um dia me livro" a me emprestar o dela. Sim sou desse tipo de amiga.

Bem. Apesar do nome, da imagem da capa. Engana-se quem pensa que a história gira em torno do conto apenas. O livro, narrado em terceira pessoa, é através dos olhos de Elise. Que cansada de ouvir a história da Bela adormecida que conhecemos resolve contar para a sua bisneta a história original que ela mesmo testemunhou.

Elise começa a história desde que ela era criança até a sua chegada no castelo. Onde começou como mera ajudante até se tornar dama de companhia da rainha, e depois da princesa Rosa.


"Mas as lembranças sabem resistir a todas as tentativas de domá-las, e escapolem no momento em que pensamos tê-las sob controle."

A história de Elise é incrível. Tão real, tão cheio de amores e decepções, batalhas, guerras e companheirismo. É uma personagem tão interessante que por várias vezes nem mesmo me lembrava que ali ia ter uma história da Bela Adormecida. E as referências são incríveis.

Eu gostei muito de como a autora soube desenvolver vários plots ao mesmo tempo assim como outros personagens. A melancólica rainha que não consegue engravidar, as intrigas no castelo, o conflito político gerado pela falta de um herdeiro ao trono e as ambições de um príncipe que não mede esforços para conseguir o que quer.

"O príncipe teria sua vingança. E eu viria a aprender que todo desejo concedido tem um preço, um preço que não temos como prever até ser tarde demais."

Algo muito interessante muito interessante também abordado no livro é o fato das pessoas serem passivas a erros e escolhas desesperadas. Assim como ninguém é 100% ruim ou bom.

Assim como no conto, a vida de Rosa corre risco. Aqui é a tia do rei, Millicent (lembra alguém?), que após ser esnobada por ele por conflitos de crença, busca vingança. Assim como a tia boa (fadinhas oi?) que tenta evitar os males a princesa.

"Trêmula, dei meia-volta e avistei Millicent, cujo rosto estampava um sorriso cheio de si. Ela sabia, percebi, num clarão de entendimento. Sabia que a rainha estava grávida, e sabia como esse anúncio se desdobraria."

Este foi meu primeiro contato com a autora e me apaixonei. A sua escrita é madura (o livro não tem vibe adolescente!) e super fluida. Eu não tinha vontade de largar! E a autora relata tantos acontecimentos e tudo passa tão rápido (anos literalmente. Meio downton abbey) e você não sente.
O livro parece (em questão de conteúdo) muito maior do que ele realmente é. E isso não é negativo!

Estou louca para ler mais coisas dela! Confesso que nunca tinha visto antes. O que é até engraçado porque eu sou doida por romances de banca (sim. Harlequin ♥ eu) e os outos livros da autora são desse estilo! Olha só que amor.

"Não sou o tipo de pessoa sobre quem se contam histórias. Os que têm origem humilde sofrem suas mágoas e comemoram seus triunfos sem serem notados pelos bardos e não deixam vestígios nas fábulas de sua época."

Sobre o autor


Elizabeth Blackwell se formou em história e comunicação na Universidade Northwestern e fez mestrado em jornalismo na Universidade Columbia.
Teve muitos empregos – entre eles o de editora de uma revista e escritora freelance –, mas o de autora é, de longe, seu preferido. Mora no subúrbio de Chicago com o marido, três filhos e uma pilha cada vez maior de livros de cabeceira.

Sobre a edição




Meu deus! Que capa linda é essa? A arqueiro está arrasando cada vez mais.



O livro é cheio de detalhes fofos.

Nota no Skoob


Beijos!

* Obrigada minha amiga Andresa do "Um dia me Livro" por ter me emprestado essa lindeza! ♥

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