Resenha: Grandes Esperanças - Charles Dickens

Grandes Esperanças
Autor: Charles Dickens
Ano: 2010 
Páginas: 656
Editora: Abril
Sinopse: A vida de Pip, órfão criado pela irmã num ambiente de pobreza, é radicalmente alterada quando um misterioso benfeitor lhe doa uma fortuna. Sua mudança para Londres, o esforço para tornar-se um cavalheiro, as grandes esperanças e certos dilemas morais tornam este romance de Dickens leitura inesquecível.



O que achei

"Deus sabe que nunca devemos nos envergonhar de nossas lágrimas, pois elas são a chuva que dispersa a poeira ofuscante da terra, que recobre nossos corações empedernidos."

Claro que o centésimo livro lido do ano tinha que ser um livro especial não é?


Grandes Esperanças é um dos livros mais famosos do Charles Dickens e quando ele foi sorteado para o desafio da Rory Gilmore eu senti o peso de ler um clássico dessa importância. Com 656 páginas, não tão grande assim, ele ocupou um longo tempo de leitura. Acredito que eu demorei quase dois meses para lê-lo por completo. Por que? Não sei. 
Em alguns momentos durante a leitura, senti que este não era o momento de ler este livro. Mas mesmo assim insisti. Acredito que talvez o livro me tocava de uma forma que eu julguei não estar preparada.
A narrativa é rica, bem explorada e encantadora. Os personagens são extremamente bem explorados e a crítica social está ali presente todo o tempo. E trazendo para a atualidade, é incrível como ainda hoje o homem é o mesmo. Só que com a tecnologia ao seu favor. 
O livro é dividido em três partes:

Pip e Abel
Na primeira somos apresentados a infância de Philip Pirrip, ou Pip que após a morte dos pais é criado por uma irmã malvada e o seu bondoso marido, o ferreiro Joe. Tudo muda quando recebe uma grande fortuna de um benfeitor anônimo cujo nome não pode ser revelado. Esta grande fortuna faz com que os membros da aldeia onde mora e do próprio garoto mudem completamente, pois ele começa a se envergonhar de sua origem humilde. 


Na segunda parte, Pip de muda para Londres onde será educado por um tutor para se transformar em um cavalheiro. É em Londres que Pip passa a conhecer as tentações de uma cidade grande e assim passa a abandonar o que foi no passado. E lidar com algumas consequências de suas ações com Joe.


Na terceira parte, Pip descobre enfim a identidade do seu benfeitor. O que lhe causará arrependimentos sobre as suas ações do passado. 
Esta parte por ser cheia de revelações, é difícil comentar muito. Mas já adianto que este livro contém uma das cenas mais lindas que eu já li ate hoje! O livro é cheio de personagens interessantes como o ferreiro Joe, a Srta. Havisham, uma mulher rica que foi abandonada pelo noivo nunca mais viu a luz do dia ou usou outra coisa que se não o vestido de noiva, o detento abel que logo no início do livro o coloca em uma situação difícil e o grande amor de Pip, Estella. 



"Eu vou lhe contar" disse ela, no mesmo murmúrio apaixonado e precipitado, "o que é o verdadeiro amor. É devoção cega, abnegação inquestionável, submissão absoluta, convicção e confiança contra vocês mesmo e contra o mundo inteiro, entregando sua alma e seu coração inteiro ao torturador... como eu fiz"


Grandes Esperanças é um livro encantador, triste, belo e verdadeiro. Sobre o resgate do seu verdadeiro eu, da sua moral, dos seus objetivos reais. 


"Nenhum trapaceiro na face da terra nos engana tão bem quanto o trapaceiro que existe em nós, e com tais pretextos eu enganava a mim mesmo."

Sobre o autor


Charles John Huffam Dickens foi o mais popular dos romancistas da era vitoriana e contribuiu para a introdução da crítica social na literatura de ficção inglesa. A fama dos seus romances e contos pode ser comprovada pelo fato de todos os seus livros continuarem a ser editados. Entre os seus maiores clássicos destacam-se "Oliver Twist", "A Christmas Carol" e "David Copperfield". Dickens era filho de John Dickens e de Elizabeth Barrow. Educado por sua mãe, tomou gosto pelos livros. Durante três anos freqüentou uma escola particular. Contudo o seu pai foi preso por dívidas e, ainda adolescente, Dickens teve que trabalhar em uma fábrica que produzia graxa para sapatos. Alguns anos depois, a situação financeira da família melhorou, graças a uma herança recebida pelo pai. Mas sua mãe não permitiu que ele saísse logo da fábrica, o que fez com que Dickens não a perdoasse por isso. As más condições de trabalho da classe operária tornar-se-iam um dos temas recorrentes da sua obra.

Sobre a edição


Eu li pela edição da abril que é uma coisa linda. Capa dura, páginas amareladas. Eu achei muito "mole" para um livro tão grosso, então acredito que a edição não irá durar muito tempo. Li no kindle (no trabalho não tem condições haha) com a edição da Penguin. Muito bem feita e organizada.

Nas telinhas: Entre peças de teatro, séries de TV, filmes do cinema mudo e longas, a obra já foi adaptada 20 vezes (!!!). Eu não lembro de ter visto alguma, porém a mais recente foi lançada em 2012 estrelado por Jeremy Irvine, Helena Boham Carter, Holliday Grainger, Jessie Cave e Jason Flemyng.



Sinopse: O filme conta a história de um rapaz que é apaixonado por uma bela mulher que é extremamente fria para com ele. O filme é a modernização do clássico de Charles Dickens sobre o órfão Bell e seu amor pela bela e fria Estella, criada por uma mulher cruel que busca vingança contra os homens por ter sido abandonada à beira do altar, e o misterioso benfeitor que muda o destino do rapaz. 







Obs: Desejo do momento é eu conseguir achar a adaptação da BBC One que conta com a minha musa Gillian Anderson no elenco! 



Nota no Skoob

Alguém já leu? Me contem o que acharam. Beijos! 

Ilustrações foram retiradas de Sementes de Papoula

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